Skip to main content

 

ESCOLAS VIVAS

Uma canoa da transformação, uma palmeira (pindó), pilar da Terra.
Cada escola viva planta uma possibilidade de transformação e de sustentar mundos.

Projetos indígenas de fortalecimento e transmissão de seus saberes tradicionais.

Cada povo tem um modo particular de preparação e proteção de sua gente, desde antes do nascimento até depois da morte. Construções de vida a partir de memórias, aprendizagens, fazeres e rituais que sustentam a cultura de seus mundos.

Hoje em dia é fundamental apoiá-las, pois enfrentam a exaustão provocada pelos abusos decorrentes da incessante produção de mercadorias que causam o desequilíbrio da biosfera.

A iniciativa Escolas Vivas é coordenada por Cristine Takuá, educadora, mãe, parteira, pensadora Maxacali que habita há 20 anos, com seu companheiro Carlos Papá Porã Mirim e seus filhos Kauê e Djeguaká, a Terra Indígena Rio Silveira do Povo Guarani-Mbya. Cris Takuá cuida do diálogo com os projetos e compartilha em relatórios trimestrais as vivências das Escolas Vivas Shubu Hiwea, Huni Kuin; Aldeia Escola Floresta, Maxakali; Mbya Arandu Porã, Guarani Mbya; Bahserikowi, Tukano, e Escola Viva Baniwa.

A experiência de trabalho e articulações com a imensa sabedoria dos povos indígenas deram origem ao Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida. Assim sendo, como expressão da nossa gratidão, desde 2022, cuidamos da manutenção financeira das Escolas Vivas, captando os recursos que garantem R$8.000,00 por mês para cada projeto. A ação conta com o apoio da Saúva, uma associação sem fins lucrativos, que recebe e encaminha para os apoiados as doações realizadas por pessoas físicas e instituições.

As escolas vivas não precisam ser as escolas formais clássicas. As escolas vivas são colmeias, sombras de árvores, cantos milenares. É a micorriza, o ritual, o fazer diário de cestos, tecidos, cerâmicas, artefatos de beleza e de práticas de vida. Tudo é medicina na escola viva, pois tudo cura e protege. 

 

Toda terra indígena é escola viva. Este projeto envolve apenas 5 territórios, que sempre foram e são escolas vivas, mesmo antes da caminhada com o Selvagem. 

Escola Viva é a forma que Dua Busë, coordenador da Escola Viva Shubu Hiwea Huni Kuï, sempre chamou o trabalho de transmissão de conhecimentos que ele faz e é feito em sua aldeia.

APOIE AQUI

Sua colaboração => Fundo Saúva => transfere
o valor de 8 mil reais mensalmente para cada
uma das quatro escolas vivas.

SAIBA MAIS

A colonização e o consequente processo de aculturação dos povos nativos resultou no silenciamento dos saberes e fazeres tradicionais. O intolerante eurocentrismo do período das grandes descobertas desrespeitou os povos originários, impondo um outro modo de ser e estar, catequizando e proibindo suas práticas espirituais.

Há décadas a educação escolar indígena adentra as comunidades, desequilibrando as formas próprias de transmissão de saberes. Com essa preocupação, sonhamos fortalecer um espaço vivo e feliz para que os saberes e fazeres ancestrais sejam transmitidos às crianças e jovens.

As Escolas Vivas vêm com o impulso de tornar realidade o sonho de incentivar e potencializar quatro centros de formação de transmissão de saberes tradicionais, dois na floresta amazônica e dois na floresta Nhe’ërÿ, com os povos Huni Kuin, Tukano, Maxakali e Guarani Mbya. Esses quatro espaços já vêm, ao longo de anos, resistindo e propondo atividades, mas enfrentam muitos desafios devido à falta de apoio financeiro.

O maior objetivo do apoio às Escolas Vivas é de retornar nosso respeito e gratidão à imensa sabedoria dos povos indígenas, fortalecendo os territórios e suas memórias ancestrais. Muitos saberes e fazeres deixaram de ser praticados devido a imposições do mundo do capital; essas memórias, no entanto, não morreram. Elas estão apenas adormecidas. Para acordá-las é necessário um coletivo ativo e criativo que possa remar a canoa da transformação, percorrendo as diversas narrativas e trazendo para o dia a dia esses conhecimentos tão importantes para a vida.

Enquanto os maracás estiverem soando dentro das casas de reza,
as mulheres com seus takuapu pulsando na terra,
as crianças cantando e os rezadores
entoando as boas e belas palavras sagradas,
ainda haverá resistência.
Em cada semente de milho, de algodão, de abóbora,
de tabaco, de mandioca, de palmito, de cambuci,
de jaracatiá, de pacuri, de embiruçu, de taioba,
de pariparoba, de banana, de amendoim,
de plantas sagradas que curam
que estiver sendo cultivada ainda haverá a certeza
de que esses tempos sombrios passarão.
O caminho é a resistência e a resiliência
dentro do coração de cada um!
Resistir para sobreviver!
Acreditar para não deixar de sonhar!
Cristine Takuá

“Sou Cristine Takuá, povo Maxakali, educadora, mãe, parteira, pensadora. Gosto de cuidar das plantas e aprender com elas. Sou diretora do Instituto Maracá e venho, junto com outras lideranças, desenvolvendo projetos de fortalecimento cultural. Estudei Filosofia na Universidade Estadual Paulista (Unesp) no Câmpus de Marília e venho, ao longo de anos, pensando nas filosofias ameríndias e nas possibilidades de descolonização do pensamento, para contrapor a monocultura colonial que domina as formas de transmissão de conhecimento. Sou uma das fundadoras do Fórum de articulação dos professores indígenas do Estado de São Paulo (Fapisp). Cuido do diálogo com as quatro Escolas Vivas e tenho pensado em intercâmbios e caminhos que contribuam com a continuidade desses sonhos.”

Shubu Hiwea
Escola Viva
HUNI KUÏ
Apne Ixkot Hâmhipak
Aldeia Escola Floresta
MAXAKALI
Mbya Arandu Porã
Ponto de cultura
GUARANI
Bahserikowi
Medicina Indígena
TUKANO
Wanheke Ipanana
Wha Walimanai
BANIWA
EXPOSIÇÃO VIVA VIVA ESCOLA VIVA
RELATÓRIOS ESCOLAS VIVAS
RELATÓRIO 6
RELATÓRIO 5
RELATÓRIO 4
RELATÓRIO 3
RELATÓRIO 2
RELATÓRIO 1