SOLO DA CANA – 13/01, ÀS 16H, NA EXPOSIÇÃO VIVA VIVA ESCOLA VIVA
O que nos diria uma cana-de-açúcar depois de séculos de exploração no Brasil?
Nesse sábado, dia 13 de janeiro, às 16h, convidamos Izabel Stewart para apresentar seu trabalho cênico Solo da Cana na Casa França-Brasil. Entrada gratuita!
“O que nos diria uma cana-de-açucar, depois de séculos de exploração no Brasil?
Solo da Cana traz pro foco um corpo de mulher que assume o lugar de fala de uma cana-de-açucar, ícone da cultura mono-agro-pop, em diálogo com os humanos, versando sobre o cultivo de afetos entre os seres. Ao lado de plantas mestras nativas cultivadas pelos povos originários e de trabalhos de artistas indígenas presentes na exposição Viva Viva Escola Viva, Izabel de Barros Stewart ficcionaliza um depoimento vegetal, a perspectiva de uma cana-de-açucar sobre os vínculos coloniais que deflagram um determinado modo de habitar a Terra e de se relacionar com o solo e suas gentes, revelando o racismo ambiental que permeia essas práticas.
Do interior da Casa França Brasil- edifício do período colonial, que já foi palco de transações comerciais e alfandegárias, por onde transitaram mercadorias como a cana-de-açucar e corpos escravizados – vozes que foram silenciadas, hoje ecoam reivindicando seu espaço e afirmando seu valor.”
Izabel de Barros Stewart é artista da cena, performer e educadora. Entre 1997 e 1999 integrou o Atelier de Coreografia, com direção de João Saldanha, e entre 2003 e 2007 trabalhou como assistente de direção e bailarina da Benvida Cia de Dança, de Dudude Herrmann. Graduada em História pela PUC-Rio e Mestre em Dança (DEA) pela Universidade Paris 8, foi professora do Departamento de Artes Cênicas da UFOP por 3 anos. Realiza trabalhos autorais em parceria com diversos artistas, além de atuar em projetos de educação ambiental e artivismo, destacando as atividades quando foi coordenadora da ONG Primatas da Montanha, e na Diretoria de Ecologia do Instituto Educacional e Cultural Ouro Verde. Em setembro de 2023 estreou “Solo da Cana”, primeiro trabalho como dramaturga e atriz, com direção de João Saldanha e produção de Ana Paula Abreu e Renata Blasin .