CICLO MEMÓRIAS ANCESTRAIS
Seguimos passos ancestrais que nos ensinam o valor de contar e escutar histórias, a riqueza de estar em roda e partilhar palavras, alimentos, experiências.
Este é um ciclo online de narrativas que nasce a partir de um encontro presencial, a Vigília da Oralidade, noite em que nos reunimos para ouvir memórias e narrativas de origem, contação de histórias, música e poesia em volta de uma fogueira no parque da Quinta da Boa Vista, nos arredores do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
15 filmes e 33 vídeos curtos compõem o ciclo online Memórias Ancestrais, junto a uma série de novos Cadernos Selvagem que complementam os estudos.
GALERIA DE FOTOS
Fotos: Ju Chalita e Mariana Rotili
SOBRE A VIGÍLIA
Das 18h até o sol nascer às 06h06 do dia seguinte, a vigília recebeu 27 narradores indígenas, griôs, quilombolas, acadêmicos, literários e artistas da palavra e da música, além de mais de 200 participantes.
Um círculo em torno do fogo pode ser o próprio centro do mundo: um espaço de abrigo e acolhimento, mas também de encantamento e abertura, de onde irradiam todas as possibilidades.
O encontro, conduzido por Ailton Krenak, teve início com um ritual Baniwa, celebrando o lançamento do livro Umbigo do mundo, de Francy e Francisco Baniwa. A contação de histórias, que atravessou a noite, foi iniciada por Francisco falando sobre o surgimento dos Hekoapinai (gente-universo ou donos do mundo): Ñapirikoli, Amaro, Kowai, Kaali e Dzooli.
O público presente também colaborou com a estrutura do encontro com uma mesa de alimentação coletiva em que cada pessoa contribuiu com alimentos e bebidas, participando da construção do nosso bem-estar e fortalecendo a experiência de convívio e partilha.
Narradores presentes na Vigília:
Ailton Krenak, Francy Baniwa, Francisco Fontes Baniwa, André Baniwa, Diego Emílio Fontes Baniwa, Frank Baniwa, Idjahure Kadiwel, Macsuara Kadiwel, Aparecida Vilaça, Francisco Vilaça, Glicéria Tupinambá, Sandra Benites, Catarina Tupi-Guarani, Cristine Takuá, Carlos Papá, Helena Edir Vicente, Tereza Onã, Pape Babou Seck, Veronica Pinheiro, Luiz Rufino, Amora Pera, Cúrcuma Groove (Rodrigo Maré, Pablo Carvalho, Thomas Harres, Rodrigo Pacato e Daniel Conceição) e Ana Paula Cruz.
COSMOVISÕES DA FLORESTA
Cosmovisões da Floresta foi um encontro realizado no dia 13 de maio de 2023, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio), entrelaçando Selvagem e o projeto Ore ypy rã – Tempo de Origem.
Neste dia, os dois projetos compartilharam atividades com cantos, conversas e uma manhã de autógrafos e lançamento do livro Umbigo do mundo, de Francy Baniwa e seu pai Francisco. O lançamento contou com uma fala de Francy a respeito de seu livro, além de danças e flautas Baniwa, tocadas por Francisco e Fabrício Fontes Baniwa, respectivamente pai e filho da autora.
Clique aqui para saber mais sobre o encontro.
ATIVIDADES DO GRUPO CRIANÇAS
No dia 13 de abril, o Grupo Crianças realizou a ação As crianças criaram memórias no MUHCAB, no Rio de Janeiro.
No dia 10 de maio, o grupo fez uma tarde de atividades com as crianças da Lanchonete<>Lanchonete – Escola por Vir.
No dia 13 de maio, Veronica Pinheiro, coordenadora do Grupo Crianças, ofereceu uma oficina de pintura em tecido com tintas naturais no evento Cosmovisões da Floresta, dando continuidade à ação feita no MUHCAB em abril.
NA MÍDIA
Em relação à recepção da Vigília da Oralidade na mídia, destacamos um artigo publicado pela agência de jornalismo Sumaúma, no dia 15/05/2023, intitulado “Onde ficam os umbigos do mundo?”, disponível também em inglês e em espanhol. O texto é assinado por Cristiane Fontes, com fotos de Ana Carolina Fernandes, e traz um relato da experiência da Vigília da Oralidade e do lançamento do livro Umbigo do mundo, de Francy Baniwa.
A revista Where the leaves fall também publicou um artigo sobre o livro Umbigo do mundo, incluindo trechos e algumas ilustrações presentes no livro, além de falas de Francy sobre o seu processo de escrita.