“Quem olha para fora sonha; quem olha para dentro acorda”, disse Carl Jung em uma carta para Fanny Bowditch em 1916. Ao inverter a lógica mais comum em nossa sociedade, a frase desafia os limites entre o que chamamos de interno e externo, sonho e realidade, objetivo e subjetivo. 

Essa última distinção é central, especialmente na ciência que, ao valorizar o objetivo e o mensurável, trouxe à humanidade uma revolução no pensamento, na filosofia e na tecnologia. 

Por outro lado, inúmeras culturas, ancestrais e contemporâneas, dão muita ênfase às origens tidas como subjetivas do conhecimento. Seja em sonhos, transes, meditação ou através de plantas de poder, os conhecimentos tradicionais se originam, em grande parte, no universo privado da consciência, que não pode ser quantificado nem mostrado a outras pessoas diretamente.

Essas duas origens do conhecimento, as ditas objetivas e as subjetivas, são muitas vezes vistas como inconciliáveis, contraditórias e condenadas ao conflito perpétuo; mas outros caminhos e diálogos se mostram possíveis.

SOBRE O CICLO

Neste ciclo de estudos, passeamos pelas reflexões apresentadas por Jeremy Narby em seu livro A serpente cósmica, o DNA e a origem do saber. Ao conviver com os Ashaninka na Amazônia peruana, Narby tem contato com seu imenso saber botânico e com suas plantas mestras, entre elas a ayahuasca. O contato com a ayahuasca faz o jovem pesquisador se lançar em uma profunda pesquisa sobre a origem dos saberes indígenas, navegando também por perguntas e limites pouco explorados do conhecimento científico ocidental.

O ciclo online Serpente Cósmica é composto por 4 gravações de encontros online.

Também indicamos o livro A serpente cósmica, o DNA e a origem do saber, de Jeremy Narby, ponto de partida para a criação deste ciclo. O livro Plantas Mestras – Tabaco e Ayahuasca, também de Narby, pode ser um bom complemento para seus estudos.

LIVRO

ROTEIRO