nhe’ery / guarani
nhe’ery
NHE’ÉRY = Onde os espíritos se banham
Como os Guarani chamam a mata atlântica. Acompanhamos os passos de Carlos Papá na Nhe’ery, onde vive com sua família na Terra Indígena do Rio Silveira, abarcando sentidos com base na filosofia Guarani Mbya. Em breves audiovisuais, Papá mergulha na tradução de palavras e significados não reducionistas, que ampliam a compreensão do conhecimento de seu povo. A cultura Guarani Mbya está inscrita no território e nos costumes que vigoram nas existências do continente sul-americano. Da vasta toponímia ao uso da erva-mate, é Guarani, Tupi e indígena o modo de existir que sabe coexistir com todos os seres humanos e não humanos. Este projeto é o caminhar do sonho de refazer o mapa do Brasil a partir da nomenclatura indígena.
Com base na letra cursiva de Cristine Takuá, criamos uma fonte tipográfica para escrever as palavras comentadas por Papá.
Carlos Papá Mirim é um líder e cineasta indígena do povo Guarani Mbya. Trabalha há mais de 20 anos com produções audiovisuais, com o objetivo de fortalecer e valorizar a cultura Guarani Mbya por meio da realização de documentários, filmes e oficinas culturais para os jovens. Atua também como líder espiritual em sua comunidade. Vive na aldeia do Rio Silveira, onde participa das decisões coletivas e busca ajudar a sua comunidade a encontrar caminhos para viver melhor. É conselheiro do Instituto Maracá e representante pelo litoral norte de São Paulo da Comissão Guarani Yvy rupa (CGY).
Cristine Takuá é filósofa, educadora e artesã indígena e vive na aldeia do Rio Silveira. Atualmente cuida do diálogo com as escolas vivas. Foi professora da Escola Estadual Indígena Txeru Ba’e Kuai’ e também auxilia nos trabalhos espirituais na casa de reza. É também fundadora e conselheira do Instituto Maracá. Representa o núcleo de educação indígena dentro da Secretaria de Educação de São Paulo e é membro fundadora do Fapisp (Fórum de Articulação dos Professores Indígenas do Estado de São Paulo).