rec•tyty foi um nome sonhado por Carlos Papá e, também, título de um festival virtual de artes indígenas que aconteceu entre 17 e 25 de abril de 2021.
O encontro teve como inspiração cardumes e colmeias e se projetou como uma celebração coletiva para suspender o céu, unir resistência e pulsação e expressar o desejo de viver juntos.
Durante a pandemia pela COVID-19, o festival possibilitou um encontro virtual entre artistas visuais, fotógrafos, cineastas, músicos, pensadores e oficineiros que deram uma amostra da produção artística indígena brasileira.
O portal Jornalistas Livres qualificou rec•tyty como um meio para fortalecer as artes e culturas indígenas nos circuitos artísticos e de produção de conhecimento, como medida para enfrentar o isolamento físico que afetou as dinâmicas afetivas e de sociabilidade.
A diversidade de linguagens reunidas no festival, por meio de obras visuais, sonoras, cinematográficas e fotográficas, ofereceram aos participantes a oportunidade de conhecer sobre as culturas e tradições indígenas e contemporaneidades.
“Queremos com o rec.tyty trazer esse pulsar Nhe´ẽry como forma de nos reconectarmos, numa ação coletiva, em um diálogo com artistas que produzem pensamento. A arte é pensamento”, disse na ocasião Cristine Takuá, fundadora e conselheira do Instituto Maracá e coordenadora das Escolas Vivas.
Rodas de conversas foram realizadas com o Selvagem – ciclo de estudos sobre a vida durante o festival.
rec.tyty foi idealizado pelo Instituto Maracá, com direção artística assinada por Anna Dantes, idealizadora da Dantes Editora e do Selvagem – ciclo de estudos sobre a vida, e curadoria de Ailton Krenak, Cristine Takuá, Carlos Papá, Naine Terena e Sandra Benites. O festival foi realizado com o apoio do PROAC Expresso Lei Aldir Blanc, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, governo do estado de São Paulo, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e governo federal.