O BEIJO DO BEIJA-FLOR
O primeiro encontro presencial do Selvagem após os tempos de isolamento pandêmico foi como o beijo do beija-flor, gesto breve que poliniza e nutre. Na tarde do dia 14 de maio de 2022, tomou lugar no MAM-Rio uma roda de aprendizagens, educação, instituições de ensino, escolas vivas, desafios das pedagogias e fortalecimento da transmissão de saberes tradicionais.
O evento recebeu os cantos de Carlos Papá e Cristine Takuá e os tambores do Babalorixá Dofono D’Omolu. Para essa roda de reflexão com Ailton Krenak, orientador do ciclo Selvagem, convidamos Cristine Takuá, Muniz Sodré, Luiz Rufino e Thelma Vilas Boas.
O beijo do beija-flor celebra o estado presencial do encontro e evoca a reflexão sobre pequenos coletivos como possibilidade de ação polinizadora frente às pedagogias monoculturais
Onde se instala um terreiro não há mais periferia. O terreiro é um centro de mundos, assim como é uma aldeia. Uma escola é abrir uma aldeia-terreiro no espaço-tempo, reconhecer-se epicentro.
Escola, aqui, no sentido originário da palavra, scholé, ócio, tempo livre para o diálogo. Queremos pensar sobre criação de mundos, “onde o rio pode escapar ao dano, onde a vida pode escapar à bala perdida”, como disse Ailton Krenak na conversa com Muniz Sodré “Cartografias para adiar o fim do mundo” na edição de 2021 da Festa Literária Internacional de Paraty.
GALERIA DE FOTOS
Fotos: Beatriz Machado