A Selva e a Seiva, flecha cerimônia sobre plantas e seus poderes de visão e cura, traçou uma viagem transatlântica e abriu caminho para novas perguntas em dois festivais internacionais.
O Festival Agir pour Le vivant aconteceu entre os dias 21 e 28 de agosto na cidade de Arles, França. Agir pour le vivant [Agir para os vivos] propõe experimentar novas abordagens, partilhar correntes de novos pensamentos, imaginar o possível e inventar novas aventuras humanas, desejáveis e sustentáveis que nos ajudará na formação de uma nova aliança pela vida. A Constelação Selvagem esteve presente com Anna Dantes, Cristina Takua e Madeleine Deschamps.
Anna, Cris e Mada
“(…) Hoje se trata de esboçar uma ecologia plural que leve em conta todas as lutas dos últimos anos na esperança de construir uma sociedade verdadeiramente respeitosa, livre e viva.” tradução livre
No dia 23, Cris Takua compartilhou sua fala trazendo a perspectiva “de ser mãe”, contou sobre o fortalecimento das Escolas Vivas e sua luta por seu povo e sua comunidade na conferência “La cosmologie des liens et savoirs ancestraux”.
“A mãe de todo o universo e a mãe de todos nós é o escuro (…) as plantas, as pedras e todos os seres precisam do escuro pra viver”, Chris Takua.
Cristine Takuà na conferencia “La cosmologie des liens et savoirs ancestraux”
Em Barcelona a nossa Comunidade Selvagem esteve presente no IndiFest (Festival de Cinema Indigena de Barcelona) que foi dedicado este ano em defesa das línguas indígenas e comunidades globais para a preservação, revitalização e apoio às línguas minoritárias e ameaçadas, enquadrada no início da Década Internacional das Línguas Indígenas promovida pela UNESCO.
“O cinema é um canal de denúncia crítica, artística e política e também de auto-representação, compartilhando histórias e mitos, informando e conscientizando o mundo sobre outras formas de viver e se relacionar com Gaia.” IndiFest
A Flecha 4: La Selva y la Savia foi selecionada pelo festival e exibida no dia 14 de outubro no Cine Verdi como parte da seção dedicada a curta-metragens.
Fotos: @arand_art
Dani Ruiz na apresentação da Flecha e roda de perguntas sobre cosmovisões que contou com a presença de Bernardo Caal Xol (líder da comunidade maia da resistência do rio Cahabón, Guatemala) e Yasnaya Aguilar (ativista pelos direitos linguísticos, escritora e pesquisadora do México) fotos: @renatadangelo
A Flecha “A Selva e a Seiva” segue sendo exibida em vários eventos nutrindo os mais diversos espaços.