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Cadernos e Livros

Cadernos e LivrosCiclo SelvagemConversas

O NOSSO TERRITÓRIO É O MUNDO TODO

• Uma entrevista com Francy Baniwa • por Grupo Comunicações da Comunidade Selvagem   Desde o início deste semestre, nós, do Grupo de Comunicações da Comunidade Selvagem, temos nos encontrado quinzenalmente para desenhar, juntos, caminhos de criação e partilha inspirados no que o Ciclo de Estudos movimenta em nossas vidas. Para além de ecoar os conteúdos articulados e transmitidos, percebemos que o desejo coletivo apontava para a criação de relações e vínculos, e vislumbramos o blog como um canal por onde transitar o que emerge das experiências de convivência com o Selvagem.  A frente de entrevistas com a constelação Selvagem foi uma das ativações que animou nossos trabalhos. Ela surgiu da ideia de troca direta entre a Comunidade e as pessoas que compartilham seus conhecimentos através de conversas, livros, ciclos, cadernos e outras criações do Selvagem; foi uma das sementes que cultivamos com mais dedicação e esta entrevista é o primeiro florescimento deste cultivo.  Francy Baniwa, conhecida por seu povo…
Mari Rotili
30 de junho de 2023
Cadernos e LivrosFilmes e Flechas

ECOLOGIAS E PRÁTICAS DO CUIDADO: Per(cursos) Selvagens no grupo FOZ

O Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida promove estudos e disponibiliza materiais que articulam e ecoam conhecimentos indígenas e tradicionais em diálogo com diversas perspectivas: científicas, artísticas, acadêmicas e de outras espécies, para citar algumas. Esses materiais irradiam, atravessam esferas e passam a compor o estudos de outros coletivos que procuram pensar as intersecções de saberes em ação no mundo.    Um exemplo dessa inspiração foi compartilhado pelo psicólogo e mestre em psicologia clínica Luas Szemere, que atua na coordenação do Grupo FOZ, um coletivo autogerido de pesquisa e formação em práticas do cuidado. FOZ oferece formações, intervenções, cursos, grupos de estudos e oficinas e se inspira na noção de foz, o ponto em que o rio se lança ao mar ou noutro rio; um encontro e enlace entre percursos de água, assim como os encontros de saberes se quer provocar.    Um dos núcleos oferecidos pelo grupo é o Núcleo Ecologias. Dentre os materiais utilizados por esse coletivo…
Mari Rotili
23 de junho de 2023
Cadernos e LivrosCiclo Selvagem

TRAVESSIA SELVAGEM: Vigília da Oralidade na Plataforma SUMAÚMA

Abril de 2023, Museu Nacional do Rio de Janeiro. Quatro anos e meio depois de passar por um incêndio que consumiu a quase totalidade de seu acervo, em seus jardins aterrissou a nave Selvagem. Seis tendas iluminadas desenharam uma meia lua ao redor de uma fogueira, demarcando o espaço físico onde ganhou vida a Vigília da Oralidade: Memórias Ancestrais. Uma noite aquecida e iluminada pelo fogo e pelo calor de memórias que viveram através das falas e cantos de guardiões das palavras indígenas, griôs, quilombolas, acadêmicos e artistas conduziram um público de mais de 200 pessoas dispostas a fazer tamanha passagem. Um ponto central nessa noite inapagável foi o lançamento de Umbigo do Mundo, livro de Francy Baniwa e Francisco Baniwa, editado pela Dantes. Dessa vez o fogo deu a ver as páginas impressas e a harmonia das cores das ilustrações de Frank Baniwa, irmão de Francy. Cristiane Fontes, em reportagem para a Sumaúma publicada no último dia 15 de…
Mari Rotili
19 de maio de 2023
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CANTAR COM O QUE ATRAVESSA: Cadernos e Flechas Selvagens em experimentos vocais

Pytun Jerá – O Desabrochar da Noite é um Caderno Selvagem preparado a partir da fala que Carlos Papá fez na roda de conversas Céu, durante o Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida no Teatro do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 14 de novembro de 2019.    Em 2023, estudantes de Expressão Vocal de 3ª fase do curso de graduação em Artes Cênicas da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Florianópolis, têm mergulhado nas páginas e entrelinhas dos Cadernos e experimentado no corpo as ativações contidas ali.    O entendimento do escuro como fonte da criação de vida atraiu a atenção e conduziu as investigações cênicas do grupo. Ive Luna, professora da disciplina, conta que a leitura conjunta de Pytun Jerá encantou a turma e gerou muita conversa. Na aula seguinte ela projetou o caderno Desligue as Luzes e Escute nas paredes da sala. Com desenhos realizados pela artista Zoé Dubus durante o Ciclo dos…
Mari Rotili
6 de maio de 2023
Cadernos e LivrosCiclo Selvagem

MUNDO LYNN, UMA SÍNTESE DE UM CICLO SIMBIÓTICO

. . . Ao longo do mês de março e no raiar de abril o Selvagem mergulhou no mundo de Lynn Margulis. Bióloga e cientista estadunidense, Lynn é uma grande estrela na constelação de autores que inspiram nossos estudos sobre a vida.    Apaixonada pelo mundo microscópico, sua radicalidade e brilhantismo contribuíram para o alargamento do entendimento sobre a vida, revelando que ela se fundamenta muito mais em associações cooperativas do que em mecanismos competitivos. Sua Teoria da Endossimbiose abalou as certezas da ciência e hoje é dos documentos mais importantes e inspiradores da biologia.    O ciclo Planeta Simbiótico aflorou do livro homônimo publicado pela Dantes Editora em 1º de dezembro de 2022 e foi realizado em parceria com a Escola de Botânica. Seu criador, o biólogo e botânico Anderson Santos mediou os encontros. Cris Muniz, da comunidade Selvagem, colaborou com o desenho e a organização do ciclo, que aconteceu em 4 momentos. O primeiro deles, no dia 13…
Mari Rotili
8 de abril de 2023
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COEXISTÊNCIA, UMA PERFORMANCE INSTALAÇÃO

"Atravessar uma mudança radical até o ponto  em que o mundo em si não será mais o mesmo."  Emanuele Coccia https://youtu.be/0AaFEDTCinw O grupo de pesquisa Gesta, do curso Graduação em Teatro: Licenciatura da Uergs (Universidade do Estado do Rio Grande do Sul) coordenado pela Profa. Tatiana Cardoso, realizou o desdobramento da pesquisa Compossíveis: quando o ambiente vira corpo, com a criação da performance instalação Coexistência.    Feito em co-produção com o Teatret OM, da Dinamarca, durante o mês de agosto de 2022, o grupo apresentou Coexistência, um evento que misturou Teatro, Música e Artes visuais junto à natureza, no imenso parque de Hoverdal, na periferia da cidade de Rinkøbing, na Dinamarca.     Em meio à floresta, entre esculturas orgânicas da artista visual Antonella Diana, os performers evocam passagens, derivas e migrações entre diferentes formas de existência. Assim a metamorfose aparece no corpo não como atributo, mas como condição de ser vivente neste planeta, junto a todas as outras formas de…
Mari Rotili
24 de março de 2023
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COMPOSSÍVEIS, QUANDO O AMBIENTE VIRA CORPO

  O projeto de pesquisa Compossíveis: quando o ambiente vira corpo coordenado pela Profa. Tatiana Cardoso, docente do curso Graduação em Teatro: Licenciatura, produziu oito videoperformances, resultados do processo de criação do GESTA, grupo formado por docentes, discentes e egressas da Uergs (Universidade do Estado do Rio Grande do Sul).    A partir da questão “O que surge da mistura entre o corpo humano e o corpo de outro ser vivo?” o exercício foi criar seres fictícios nascidos da relação entre humanos e não humanos, experimentando derivas e migrações de formas.    No grupo GESTA, o papel do professor ou professora -  que também são artistas - é a base para pensar poéticas, ações formativas e críticas que tenham intervenção direta na comunidade. A memória, a corporeidade, o treinamento físico, o cuidado de si, a autopoiese, a transdisciplinaridade, as noções de presença e experiência, a performance, o ritual, a ecologia, a oralidade, a vocalidade e a experimentação de espaços não…
Mari Rotili
10 de março de 2023
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VITALOCENO, PARA UMA CABEÇA VEGETAL

Texto de Mariana Vilela "O que podem as plantas nos ensinar? Como fazer do meu corpo canal erótico para polinizar e vegetalizar as relações produzindo outras texturas e humores de mundos?". Parto destas perguntas para pensar e realizar a performance Vitaloceno, para uma cabeça vegetal, que surgiu com forte inspiração dos textos de Emanuelle Coccia e do Ciclo Selvagem. Num insight me vi com uma cabeça vegetal, feita de linhas emaranhadas e cultivo de algumas plantas. Um ser vivo. Vital. Não a antropomorfização da planta, mas o contrário, a vegetalização do ser humano. Num desejo de convocar essa força nata das plantas de fazer simbioses, cocontaminações, alianças entre heterogêneos e corpo resiliente. Um corpo que não representasse uma planta, mas pudesse buscar o estado vital, no qual a conexão estabelecida com o vegetal fosse da ordem corporal e espiritual e não intelectual, na tentativa de promover um corpo pensante com uma arquitetura cooperativa. Um ser habitante de dois mundos: corporal…
Mari Rotili
24 de fevereiro de 2023
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PLANETA SIMBIÓTICO EM BH

Em dezembro de 2022, o livro Planeta Simbiótico – um novo olhar sobre a evolução, de Lynn Margulis, foi publicado pela Dantes. Ele é o nono integrante da família de livros Selvagens da editora. Através dele a bióloga nos contagia com a ideia de que a vida é criada em colaboração, numa dança de seres que cooperam entre si através dos tempos. Lynn alia sua visão insurgente e generosa da vida, inspirada no que avista nas lâminas de seu microscópio, e a amplia para as trocas simbióticas que sustentam ecossistemas, desestabilizando as bases do pensamento biológico estabelecido até então. Os lançamentos do livro têm sido acompanhados de exibições do documentário SYMBIOTIC EARTH, How Lynn Margulis Rocked the Boat and Started a Scientific Revolution (2018), do diretor John Feldman. A mais recente delas aconteceu em Belo Horizonte, em 20 de janeiro, no Cine Santa Tereza, seguida de comentários do professor de física Gustavo Rodrigues Rocha, que trabalha com história e filosofia…
Mari Rotili
17 de fevereiro de 2023
Artes e DesenhosCadernos e Livros

GESTA

Série fotográfica criada em resposta ao fascínio pelas ideias que Emanuelle Coccia traz em seu livro Metamorfoses (Dantes, 2020). Angi me convidou para fotografá-la grávida de Gil. Sugeri que ela conhecesse o livro e que a gente experimentasse algo a partir da visão de um corpo que gesta algo que já está, na contínua manifestação de uma mesma vida, no fluxo infinito e vital da memória cósmica. Um corpo-casulo de si e do mundo. “Mari querida, Vou te passar as anotações breves que fiz a partir das passagens mais tocantes do livro pra mim e que fazem mais sentido nesse limbo forte que é o puerpério, desde onde tento elaborar o processo de gerar e parir e a crise de identidade. Faz o que tu quiser a partir dessas notas, porque não fui além... Elas são menos reflexões e mais uma espécie de janela que abre pra eu respirar nela por um tempo, depois fecha.”. Fotos de Mariana Rotili com…
Mari Rotili
10 de fevereiro de 2023