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Textos e Poesias

Textos e Poesias

DIÁRIOS DE APRENDIZAGENS

A partir do mês de março, vamos acompanhar em nosso site os diários das vivências de Cristine Takuá nas Escolas Vivas e de Veronica Pinheiro na Casa das Crianças. Os Diários de Aprendizagens escritos por Cris e Veronica nos aproximarão dessas duas orientadoras de pensamentos e práticas.  Desde 2022, Cris vem cuidando do diálogo com os 4 territórios vinculados ao projeto Escolas Vivas e compartilhando relatórios trimestrais, com a colaboração de Anai Vera, sobre as vivências das Escolas Vivas Shubu Hiwea, Huni Kuin; Aldeia Escola Floresta, Maxakali; Mbya Arandu Porã, Guarani Mbya e Bahserikowi, Tukano, Dessano e Tuyuka. Em 2024, celebramos a chegada da Escola Viva Baniwa.  Veronica coordenou a Comunidade e o Grupo Crianças, ao longo de 2023, realizando oficinas para crianças em territórios indígenas, museus, praias e animou a Maloca das Crianças, espaço dedicado a elas na exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA. Em 2024, ela leva os conteúdos do Selvagem para dentro da Sala de Leitura, da Casa…
Mari Rotili
29 de fevereiro de 2024
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SEMEANDO NARRATIVAS, RIMAS E SABERES DO QUINTAL

Avó, quintal e tempo são palavras que flutuam e se enraízam na experiência proposta por Veronica Pinheiro em Semeando narrativas, rimas e saberes no quintal. O que inicialmente era uma oficina de plantio de hortaliças, ganhou mais corpo e virou performance. Nas palavras de Veronica: “a relação afetiva com a terra e a doce lembrança de uma avó que cuidava de um quintal como cuidava da família trouxe música, poesia, pintura e culinária para os encontros”. Assim como Yebá Bëlo, a “avó do mundo”, ou também “avó da terra” da mitologia Desana, para Veronica o mundo também foi gerado por uma avó. Eram as rezas e sabedoria de Irene, sua avó, que mantinham a vida familiar acesa e o quintal verde e vivo. Ela criou e sustentou o universo cheio de vida e mistério que sua neta se propõe a narrar, espelhando uma via de transmissão que se apresenta, também, na costura do livro Antes o mundo não existia, em…
Mari Rotili
27 de janeiro de 2023
Textos e Poesias

A IARA DO RIO SERGIPE

A Iara do Rio Sergipe, criada por Elisa Mendonça Dias, foi inspirada pelo Ciclo Selvagem. Elisa tem 18 anos, vive em Aracaju e conta que o Selvagem tem revolucionado sua forma de ver e sentir o mundo, assim como seus afetos pelo Rio Sergipe, de onde sua poesia e arte emergem. "Iara Me leva pro fundo do rio? Esse rio... Eu sinto cheiro do meu sangue Que corre nas minhas veias De margens incrustadas De mariscos e memórias, De guindastes, contenções, Costuradas por pontes. Rio de água salgada, Sangue. Não há placa, aviso ou esgoto Que possa impedir Ou meu corpo será banhado por esse rio novamente Ou ele será aterrado pelos nossos corpos Serei um novo corpo Corpo d'água"
Karlene Bianca
25 de abril de 2022
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DISBIOSE

Por Milena Messias Escrevi esse mini conto, Disbiose, depois da primeira aula sobre o livro Seres invisíveis. Também estava na marola da mediação do Krenak na aula sobre a pesquisa de sonhos em outros ambientes indígenas.  Isso tudo me lançou para algumas lembranças da faculdade e consegui fazer os links que faltavam. De repente eles eram grandes e conduziam todos meus movimentos involuntários. Fechei os olhos e pude escutar os fluxos, secreções, gases e fagocitoses… Que máquina é essa? Tantas interações e resultados me fizeram lembrar do funcionamento independente do intestino, daí pra disbiose já estava acessando outros lugares. Que potência de aula e entrega que vocês da Dantes nos proporcionam! Micro conto criado por Milena Messias oferecido como presente para o Ciclo de Seres Invisíveis.
Laís Furtado
3 de fevereiro de 2022
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REAL ANIMAL

Na ocasião do Ciclo Nhe’ery Mbaé Kaá, recebemos de presente esta criação da artista Mariana Oliveira (www.maritaca.art) desenho e poesia Notas do Capital Brasileiro. Ela conta sobre sua inspiração: Foi em 2019, escrevi durante a madrugada, pois não conseguia dormir pensando nessas coisas. Na época em que um navio petroleiro derrubou óleo no litoral brasileiro, nordeste e sudeste, e o governo dizia que era um navio sem identificação (dark ship), além dos incêndios na Amazônia, que ocorreram no mesmo ano. Sabemos que todo o desequilíbrio ambiental ocorre por causa da interferência humana abusiva, na falsa ideologia de dominação e poder. Aquela ideia que Ailton sempre diz do ser humano querer "comer o planeta". Então, caímos sempre na questão do dinheiro, esse valor inventado, gerador dos grandes conflitos e guerras. Ao olhar pra cédula brasileira, vemos os animais estampados, assim como diz na poesia - manifesto que escrevi, no falso intuito de valorizar a fauna brasileira. Um discurso hipócrita, cheio de…
Laís Furtado
10 de junho de 2021